A oposição ao prefeito Sandro Mabel (União Brasil) na Câmara Municipal de Goiânia ganhou um novo protagonismo com a atuação do PT. O partido, que conta com três vereadores – Professor Edward, Kátia e Fabrício Rosa –, tem se posicionado de forma crítica à atual gestão, denunciando falta de diálogo, decisões autoritárias e favorecimento de interesses privados em detrimento do serviço público.
A vereadora Kátia, presidente estadual do PT em Goiás, destacou que a oposição ao prefeito não é pessoal, mas sim baseada em divergências políticas. Ela criticou a nomeação de aliados do ex-prefeito Rogério Cruz na gestão atual e a falta de transparência em decisões que afetam diretamente a população. “Mabel fez alterações no trânsito e na educação sem consultar ninguém, prejudicando comerciantes, pedestres e professores”, afirmou.
Fabrício Rosa reforçou que a bancada petista se posiciona contra a privatização de serviços essenciais, como vagas em creches e a terceirização da limpeza urbana. Ele também criticou a proposta da taxa do lixo, que pode gerar um custo de até R$ 1 mil por pessoa. “Defendemos uma Goiânia limpa, mas com servidores concursados, não com dinheiro público indo para empresas privadas que visam lucro”, pontuou.
Enquanto o PT endurece a oposição, o PL, segundo maior partido na Câmara, mantém uma postura mais alinhada ao prefeito, liderado pelo vereador Vitor Hugo. No entanto, nos bastidores, comenta-se que a legenda prioriza pautas nacionais ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, deixando as questões municipais em segundo plano.