O clima de tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar nesta quarta-feira (18), com o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometendo “consequências sérias e irreparáveis” caso os Estados Unidos ataquem diretamente o território iraniano. Em pronunciamento transmitido pela TV estatal, Khamenei fez questão de frisar que o Irã jamais se renderá, respondendo diretamente às ameaças do presidente americano Donald Trump, que exigiu uma “rendição incondicional” dos iranianos após o agravamento do conflito com Israel.
O cenário geopolítico se agravou desde que Trump abandonou, de forma repentina, a reunião do G7 na segunda-feira (16), alegando “assuntos muito importantes” a resolver em Washington. Nas horas seguintes, a retórica da Casa Branca endureceu. Em uma publicação enigmática nas redes sociais, Trump afirmou ter “o controle do céu do Irã”, em uma possível referência à aliança militar com Israel — aumentando a expectativa de uma ação bélica iminente.

Khamenei, por sua vez, rebateu duramente a postura americana e alertou que qualquer tentativa de ataque pode desencadear uma resposta em cadeia contra bases militares dos EUA espalhadas pelo Oriente Médio. “Aqueles que conhecem a história do Irã sabem que os iranianos não respondem bem à linguagem da ameaça”, afirmou o aiatolá, reforçando o discurso nacionalista e desafiador que ecoa entre os aliados do regime iraniano.
Com o conflito direto entre Irã e Israel entrando no sexto dia e os Estados Unidos à beira de uma decisão militar, analistas internacionais alertam para o risco de um confronto de proporções globais. A região está em alerta máximo, e o mundo observa com apreensão cada movimento estratégico — ciente de que qualquer passo em falso pode mergulhar o planeta em uma nova guerra no coração do Oriente Médio.